Da redação da Modulo Fm
Postado em: 14/02/2025
Na manhã desta sexta-feira, a reportagem da Rádio Módulo FM visitou a sede da ONG Kalungar, instituição que presta atendimento jurídico, social e psicológico a mulheres vítimas de violência doméstica em Patrocínio. Em entrevista, a presidente da ONG, Laila Galvão, compartilhou os planos para 2025 e destacou a importância do acolhimento e suporte oferecido pela entidade.
De acordo com Laila, a ONG retomou suas atividades em fevereiro, após um breve recesso em janeiro. O atendimento é realizado tanto por encaminhamento dos órgãos de segurança pública, como a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica e a Delegacia da Mulher, quanto por demanda espontânea.
"Fazemos o primeiro acolhimento e, em seguida, encaminhamos a mulher para atendimento jurídico, psicológico ou social, de acordo com sua necessidade. O atendimento social é intermediado por instituições do sistema de assistência social da cidade, como CRAS e CREAS", explicou Laila.
Laila ressaltou que a procura pelos serviços da ONG é alta, refletindo o número preocupante de casos de violência doméstica no município. "Infelizmente, a demanda é grande. Somos a única instituição da cidade que oferece esse tipo de atendimento especializado, e a cada dia mais mulheres nos procuram em busca de amparo", afirmou.
Para ampliar a capacidade de atendimento, a ONG está formalizando um convênio com o Unicerp para contar com mais voluntários na área da psicologia. Além disso, Laila faz um apelo à comunidade: "Advogados e psicólogos que puderem doar parte do seu tempo para esse trabalho voluntário são muito bem-vindos. Precisamos de mais profissionais para atender a alta demanda".
Os atendimentos na ONG Kalungar são individuais, garantindo maior privacidade e acolhimento para cada mulher atendida.
"Diferente de outras instituições, aqui não realizamos terapia em grupo. Cada mulher recebe atendimento exclusivo e personalizado, que pode durar semanas, meses ou até anos, conforme sua necessidade", explicou a presidente.
Inicialmente, os encontros são semanais e, à medida que a paciente avança em seu processo terapêutico, passam a ser quinzenais, até que a mulher receba alta.
A ONG Kalungar está localizada no Edifício Central, no quarto andar, próximo ao Banco Itaú. O espaço foi escolhido para garantir discrição e segurança às mulheres atendidas.
"Sabemos que muitas vítimas ainda sentem vergonha ou medo de buscar ajuda. Nosso objetivo é garantir um ambiente seguro e acolhedor", disse Laila.
Para solicitar atendimento, as mulheres podem entrar em contato pelas redes sociais da ONG (@kalungarjuntas no Instagram e Facebook), onde há um link que direciona para o WhatsApp. "Nosso atendimento pelo WhatsApp acontece todos os dias, e buscamos encaixar as mulheres no atendimento em até 48 horas", finalizou a presidente.
A ONG Kalungar segue firme em sua missão de oferecer suporte às mulheres que enfrentam situações de violência, reforçando o compromisso com a dignidade e o bem-estar dessas vítimas.
Confira a entrevista de Laila Galvão ao repórter Jânio Luiz, na íntegra
Equipe de Jornalismo da Radio Modulo Fm.
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