Parceria da Prefeitura com empresa multinacional de biotecnologia Oxitec, fundada na Universidade de Oxford, visa reduzir a infestação do mosquito da dengue na região
Postado em: 19/01/2024
O município de Patos de Minas adotou neste início de 2024 uma tecnologia biológica e sustentável que usa mosquitos Aedes aegypti do Bem™ para combater a própria espécie, fazendo o controle da população de fêmeas transmissoras de doenças com o objetivo de proteger os moradores dos bairros Jardim Esperança e Nossa Senhora Aparecida. As duas regiões, que contam com 3.773 imóveis, receberão cerca de 350 Caixas do Bem distribuídas em 75 hectares de área urbana.
De acordo com a Secretária Municipal de Saúde, Ana Carolina Magalhães Caixeta, a iniciativa tem o objetivo de diminuir a população do mosquito transmissor da doença que matou 1.079 pessoas no último ano no Brasil, batendo o recorde de mortes em 2022. "Pensando que o Aedes aegypti vem se mostrando adaptável às mudanças climáticas e que temos cada vez mais casos de dengue e outras doenças por ele transmitidas, essa é mais uma estratégia da Prefeitura de Patos de Minas no combate ao mosquito. O Aedes do Bem™ vem justamente para isso, para que a gente una tecnologia e saúde e consiga resultados mais eficazes em conjunto com as medidas convencionais aplicadas no nosso dia a dia", disse.
Desenvolvida pela multinacional de biotecnologia inglesa Oxitec, fundada na Universidade de Oxford e presente no Brasil desde 2011, a solução inovadora chamada Aedes do Bem™ foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2020 e, além de ser livre de inseticidas químicos, é altamente eficaz no controle biológico do mosquito Aedes aegypti. É uma tecnologia que libera Aedes aegypti machos autolimitantes, que não picam e não transmitem doenças. O produto é composto por uma caixa reutilizável e refis contendo os ovos de mosquitos.
Os Agentes de Endemias da cidade, treinados pelo time de Operações da Oxitec, serão responsáveis pela instalação das Caixas do Bem na área urbana – onde o mosquito costuma deixar seus criadouros – e também pela troca dos refis, que deve ser feita a cada 28 dias.
A solução é simples e fácil de usar. Os ovos dos Aedes do Bem™ se desenvolvem dentro da Caixa do Bem assim que ela é ativada com água limpa. Quando os Aedes do Bem™ machos atingem a fase adulta, voam da caixa para o ambiente urbano, procuram ativamente e acasalam com as fêmeas do Aedes aegypti – que picam e são responsáveis pela transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Deste cruzamento, apenas os descendentes machos sobrevivem e chegam à fase adulta, herdando dos pais a característica autolimitante que confere a capacidade larvicida fêmea-específica. O resultado é a queda do número de fêmeas que picam e transmitem doenças, e, consequentemente, o controle populacional direcionado do Aedes aegypti.
Os Aedes do Bem™ agem especificamente no controle do Aedes aegypti e não afetam outras espécies de insetos benéficos ao meio ambiente, como abelhas e joaninhas.
Fonte: Manu Vergamini/Oxitec/Com informações da Prefeitura de Patos de Minas
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