Luto prolongado passa a ser considerado transtorno mental

Luto prolongado passa a ser considerado transtorno mental

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Postado em: 07/11/2022

O luto prolongado passou a ser considerado como um transtorno mental em 2022, na nova versão do manual de diagnósticos de transtornos mentais da Associação Americana de Psiquiatria (APA) e também na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o Ministério da Saúde, o luto é um processo natural, caracterizado pelo sofrimento e pela saudade, normalmente desencadeado pela perda de algo ou alguém. Qualquer situação atrelada a um vínculo afetivo e que por algum motivo leve à perda, pode desencadear o luto. Esse processo pode se tornar um transtorno quando se estende por longos períodos, causando dor constante. Assim, a pessoa se torna incapaz de restabelecer a vida de maneira funcional.

 

Sintomas

Os sintomas desse transtorno são semelhantes aos da depressão e da ansiedade. A diferença é o fator motivador para o sofrimento. No luto prolongado, a perda sempre será o gatilho.

Os sinais de luto são diversos e variados: dor emocional intensa; saudade persistente; preocupação constante com a pessoa que faleceu e com as circunstâncias da morte; a dificuldade em se envolver com amigos e sentir que a vida não faz mais sentido.

O Ministério da Saúde informa que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento para pessoas em sofrimento psíquico por meio dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A Atenção Primária à Saúde é a porta de entrada para o cuidado, e tem papel fundamental na abordagem dos Transtornos Mentais, principalmente os leves e moderados; não só pela capilaridade, como também por conhecer a população, o território e os determinantes sociais que interferem nas mudanças comportamentais, com melhores condições para apoiar o cuidado.

Em nota, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) informou que atende pessoas com transtorno mental severo e persistente. O luto prolongado também faz parte do quadro de atendimento, pois esse processo é mais complexo e tende a não melhorar sem intervenção. O Caps conta com equipe multiprofissional, ou seja, psiquiatria, psicologia, enfermagem, terapia ocupacional, serviço social e grupos terapêuticos.

 

Agência Brasil 61

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