Clínica de reabilitação é fechada e quatro pessoas são presas sob suspeita de manter internos em cárcere privado e condições desumanas em Monte Carmelo

Clínica de reabilitação é fechada e quatro pessoas são presas sob suspeita de manter internos em cárcere privado e condições desumanas em Monte Carmelo

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Postado em: 24/11/2023

Uma clínica de reabilitação foi fechada pela polícia nesta quinta-feira (23/11) na cidade de Monte Carmelo, resultando na prisão de quatro pessoas sob a suspeita de praticar cárcere privado. O local, que deveria ser um refúgio para a recuperação de seus internos, transformou-se em um cenário de abusos e violações dos direitos humanos.

De acordo com as autoridades policiais, os internos eram mantidos na clínica de forma involuntária, sendo obrigados a permanecer trancados em pequenos quartos com janelas gradeadas e portas trancadas com cadeados, 24 horas por dia. A situação tornou-se ainda mais alarmante com a revelação de que até oito pessoas eram confinadas em cada quarto, enfrentando restrições severas à sua liberdade. No momento do fechamento, 33 pessoas estavam internadas no local, todas submetidas a condições desumanas.

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Durante a intervenção policial, foram apreendidos diversos itens, incluindo medicamentos, cadeados utilizados para trancar os quartos, uma "camisa de força", celulares e outros materiais que evidenciavam as práticas ilegais. Um vídeo denunciando a clínica, produzido por um dos internos, mostra um jovem natural de Serra do Salitre, que havia sido internado na clínica, revelando detalhes perturbadores das condições do local. No vídeo, o jovem relata que era forçado a realizar trabalhos, inclusive fora da clínica, na residência do proprietário. Alegaram que a recusa em cumprir ordens resultava em agressões físicas e que eram obrigados a tomar medicamentos e usar camisas de força como forma de punição.

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Os responsáveis pela direção da clínica foram presos em flagrante e enfrentarão acusações relacionadas ao cárcere privado e violação dos direitos humanos. Os internos, por sua vez, permanecerão sob a custódia da Assistência Social do município até serem ouvidos no Inquérito Policial. Após esse procedimento, serão encaminhados de volta às suas famílias em seus respectivos municípios de origem.

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