Tortura filmada: homem agride cão por horas e namorada é acusada de omissão em João Pinheiro

Tortura filmada: homem agride cão por horas e namorada é acusada de omissão em João Pinheiro

Por Juliano Resende

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Postado em: 23/09/2024

Um homem de 24 anos foi indiciado pela Polícia Civil por espancar violentamente um cachorro de pequeno porte da raça pinscher, na cidade de João Pinheiro. A namorada do suspeito, de 38 anos, que filmou as agressões mas não acionou as autoridades, também foi indiciada por maus-tratos na forma omissiva.

As investigações apontam que, no dia 6 de setembro deste ano, o homem desferiu vários tapas na cabeça e no focinho do cão, torceu seu pescoço, levantou o animal pela orelha e golpeou sua cabeça com um celular 22 vezes consecutivas. Ele ainda jogou o cachorro contra a parede, repetindo os atos de crueldade intercalados com pausas. A cena de tortura foi filmada pela namorada, que confrontou o suspeito e o expulsou de casa, mas não acionou a polícia de imediato. Somente após o vídeo ser compartilhado com outras pessoas, a Polícia Militar Ambiental foi informada e resgatou o cão no dia 9 de setembro, encontrando-o em estado grave de saúde.

Investigação

De acordo com a PCMG, o casal mantinha um relacionamento de seis meses e o homem era frequentador assíduo da casa da namorada. O filho da investigada, de 10 anos, foi o primeiro a perceber sinais de maus-tratos ao animal, e pediu para morar com o pai após suspeitar das agressões.

Interrogada, a mulher declarou que inicialmente não acreditou nas suspeitas do filho, mas notou mudanças no comportamento do cão, como dificuldade de locomoção, sangramento, perda de apetite e apatia. No dia 6 de setembro, ao ouvir latidos e ver o namorado próximo ao cão, ela decidiu esconder o celular para gravar as cenas de violência.

O delegado responsável pelo caso, Danniel Pedro Lima de Araújo da Conceição, destacou a crueldade das agressões e a omissão da investigada. "Durante quase três horas e meia, cenas de extrema crueldade foram registradas pelo celular. Os depoimentos mostraram que a mulher demorou a agir, mesmo com as suspeitas", afirmou o delegado. Ele ainda reforçou a importância da denúncia e da proteção a animais vítimas de violência.

O inquérito foi concluído com o indiciamento dos dois suspeitos e encaminhado à Justiça para as medidas cabíveis.

 

 
 

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