Da redação da Módulo FM com Comunicação Organizacional do 46º BPM
Postado em: 16/01/2025
Nesta quarta-feira (15/01), por volta de 19 horas, a Polícia Militar de Patrocínio/MG, foi acionada para verificar uma denúncia de abandono de incapaz em uma residência na Rua Antônio Pereira de Almeida, no bairro Enéas Ferreira de Aguiar. Ao chegar ao local, a equipe constatou que a casa estava trancada, com três menores no seu interior: uma adolescente de 14 anos e duas crianças, de 11 e 7 anos.
Segundo relatos da adolescente de 14 anos, situações semelhantes ocorrem frequentemente. A garota afirmou que os menores são deixados sozinhos por longos períodos, sem acesso à chave do portão, passando por necessidades alimentares e convivendo em um ambiente de constantes conflitos familiares. Além disso, mencionou episódios de agressões verbais e físicas por parte dos pais, tornando a convivência insuportável.
A adolescente também relatou que enfrenta problemas psicológicos devido ao ambiente hostil e revelou ter tentado suicídio no passado.
Durante o atendimento da ocorrência pelos policiais, o pai das crianças chegou à casa em visível estado de embriaguez e sem a chave do imóvel. Ele admitiu ter saído às 8h para consumir bebida alcoólica, retornando apenas às 20h. Informou ainda que essa rotina é recorrente.
As crianças relataram que, além do abandono, o pai frequentemente leva pessoas para a casa, sendo que algumas dessas pessoas já fizeram comentários inadequados e tentaram tocar nelas de forma imprópria.
Pouco depois, a mãe das crianças também chegou ao local. Ela afirmou que saiu de casa às 5h para trabalhar, deixando a filha mais velha juntamente com o namorado que também é menor de idade, cuidando das outras crianças. Retornou às 17h30 e, ao sair novamente às 18h, trancou o portão.
Diante dos fatos, foi dada voz de prisão em flagrante aos pais por abandono de incapaz. Os menores foram encaminhados ao Conselho Tutelar e acolhidos pela avó materna.
A Polícia Militar reforça a importância de denúncias em casos de negligência e violência familiar, e ressalta que o apoio comunitário é essencial para a proteção de crianças e adolescentes.
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