Por Juliano Resende
Postado em: 25/04/2023
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) identificou 11 jovens que divulgaram ameaças de massacres em escolas ou incentivaram ataques em unidades escolares do Estado. A informação foi confirmada pelo órgão nesta segunda-feira (24).
O Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) do Ministério Público de Minas Gerais trabalhou para identificar ameaças potenciais a municípios mineiros, localizar seus autores e evitar a concretização de atos de violência, sobretudo após a ocorrência envolvendo crianças em uma creche de Blumenau no dia 5 de abril.
Desde então, proliferaram postagens em redes sociais contendo ameaças de novos ataques a escolas, que supostamente seriam realizados no dia 20 de abril (data na qual ocorreu o chamado “Massacre de Columbine”, de 1999).
O MPMG informou que analisou 98 perfis e grupos no TikTok, Twitter, Instagram e outras redes sociais entre os dias 9 e 20 abril, que continham menção direta ou indireta a ataques a escolas. Dentre os analisados, foram instaurados procedimentos conjuntos em relação a oito casos, nos quais havia instigações ou ameaças consistentes contra escolas ou municípios mineiros.
Em todos os casos, foi acionado o protocolo de segurança para proteção às escolas em foco, para oitiva dos adolescentes e para colheita de provas no local dos fatos”, explica o promotor de Justiça Mauro da Fonseca Ellovitch, coordenador do grupo.
Segundo ele, a integração entre o Ministério Público, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Secretaria de Educação e os órgãos de apoio à criança e ao adolescente foi essencial para evitar a ocorrência de episódios de violência no dia 20. “A atuação permanecerá em novas ações para continuar proporcionando segurança a alunos, pais, professores e funcionários de escolas”, afirma.
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