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Postado em: 26/04/2022
Começa no próximo domingo, dia 1º de maio, a primeira etapa anual de vacinação contra a febre aftosa em Minas Gerais. Devem ser imunizados bovinos e bubalinos de zero a 24 meses. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é o responsável pelo gerenciamento e fiscalização da campanha junto aos pecuaristas.
Nesta etapa, a expectativa é a de que 10 milhões de animais sejam imunizados em todo o estado com o objetivo de preservar a sanidade dos rebanhos e manter o compromisso com o agronegócio mineiro. A campanha vai até 31 de maio.
O produtor poderá comprovar a vacinação dos animais usando o formato eletrônico de declaração que estará disponível em www.ima.mg.gov.br ou, caso tenha cadastro, acessando o Portal de Serviços do Produtor. Uma outra opção será o envio da declaração para o e-mail da unidade do IMA responsável pela jurisdição do município. O e-mail de cada unidade está disponível neste link. Em Patrocínio o e-mail é patrocinio@ima.mg.gov.br.
O prazo para comprovar a vacinação (por meio de declaração) termina em 10 de junho. Para facilitar a localização da propriedade, recomenda-se o envio do Cadastramento Ambiental Rural (CAR) na realização desse procedimento.
A movimentação de animais durante as etapas de vacinação continuará seguindo as regras da Instrução Normativa 48/2020, ou seja, propriedade adimplente com a etapa de vacinação em curso poderá movimentar normalmente seus animais.
O produtor que não vacinar os animais estará sujeito à multa de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 119,25 por cabeça. A declaração de vacinação também é obrigatória e o produtor que não o fizer até 10 de junho de 2022 poderá receber multa de 5 Ufemgs, o equivalente a R$ 23,85 por cabeça.
O Plano Estratégico do PNEFA tem como principal objetivo criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa, ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o patrimônio pecuário nacional. Além disso, está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), participando de esforços para a erradicação da doença na América do Sul.
Minas compõe o Bloco IV junto com Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. Esses estados buscam a retirada da vacinação contra a febre aftosa em seus rebanhos. Atualmente, Minas é zona livre de febre aftosa com vacinação e possui reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OIE), o que mantém importante acordos internacionais.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou no mês de março nova estratégia de vacinação contra a febre aftosa em 2022. Minas Gerais e mais dez estados se adequam à exigência para garantir disponibilidade do imunizante nos meses de maio e novembro. Na primeira etapa, em maio, a vacinação será para bovinos e bubalinos de zero a 24 meses. Já na segunda, em novembro, serão imunizados animais de todas as idades.
No município, é esperado que em torno de 47 mil cabeças de bovinos, abaixo de 24 meses, sejam vacinados. Segundo a médica veterinária do IMA na cidade, Rosana Cunha Mendes, esse é um momento muito importante e os produtores devem vacinar seus animais e se atentarem quanto as datas, não deixando para realizar a imunização na última hora.
“Solicitamos aos produtores também que não deixem para a última hora. Assim que iniciar o mês de maio já façam as suas vacinações e suas declarações. Lembrando que a vacinação vai do dia primeiro ao dia 31 de maio e a declaração até o dia 10 de junho”, afirmou.
A febre aftosa é causada por um vírus, altamente contagioso e que pode trazer grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio internacional.
A doença é transmitida pela saliva, aftas, leite, sêmen, urina e fezes dos animais doentes, e também pela água, ar, objetos e ambientes contaminados. Uma vez doente, o animal pode apresentar febre, aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas.
Agência Minas
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