Tatá descarta permanecer na presidência do CAP, mesmo se grupo de Maurício Cunha desistir de assumir o clube

Tatá descarta permanecer na presidência do CAP, mesmo se grupo de Maurício Cunha desistir de assumir o clube

Da redação da Módulo FM

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Postado em: 05/03/2025

Nesta quarta-feira (5), o presidente do Clube Atlético Patrocinense, Roberto Avattar (Tatá), participou do programa Módulo Esporte, onde abordou as polêmicas recentes sobre a continuidade no comando do time. Durante a entrevista, Tatá deixou claro que não seguirá na presidência, mesmo que o grupo do vice-prefeito de Patrocínio e ex-presidente do clube, Maurício Cunha, desista de assumir o CAP. Segundo ele, se uma nova diretoria não for formada, o clube corre o risco de desaparecer.

Ele reforçou que ainda responde oficialmente pelo clube, uma vez que assumiu o cargo após a exoneração de Ronaldo Corrêa de Lima, então presidente. Seu mandato é válido até novembro deste ano.

"Hoje, quem responde pelo clube sou eu. Na sexta-feira, saiu essa notícia dizendo que estamos querendo 'tomar' a direção do CAP. Primeiro, não estamos tomando nada, porque a direção já é nossa. Foram realizadas várias reuniões desde o ano passado para que houvesse uma nova eleição, mas nenhuma chapa se apresentou", afirmou Tatá.

O presidente também relatou que, no dia 24 de janeiro, houve uma reunião entre membros da atual diretoria e representantes do grupo que busca garantir a participação do CAP no Módulo II do Campeonato Mineiro. Durante o encontro, ficou acordado que os dirigentes atuais não interfeririam nas negociações conduzidas pelos ex-diretores.

"Essa reunião aconteceu no dia 24 de janeiro, uma sexta-feira. Depois, no dia 27 de janeiro, houve outro encontro na ACIP/CDL, no qual não estive presente, mas onde ficou decidido que o CAP seria representado em Belo Horizonte para confirmar sua participação no Módulo II", explicou Tatá.

Durante a entrevista, ele revelou que recebeu uma ligação de Marcos Antônio Silva (Marcão), conselheiro do clube, informando que o vice-prefeito Maurício Cunha teria dito que, caso os atuais dirigentes quisessem continuar no comando, poderiam fazê-lo. No entanto, Tatá reafirmou sua decisão de não permanecer na diretoria.

"Não tem como eu continuar. Primeiro, porque já havia dado minha palavra ao Maurício de que não interferiria[...] Acho que ele foi infeliz ao dizer, em uma entrevista, que tudo isso seria uma 'armação' nossa. Depois que dei minha palavra, não fiz mais nada, apenas fiquei na minha. Ainda conversei com Marcão e José Félix, e disse: ‘Vocês continuam, gostam do CAP como eu gosto. E, como eles não me querem, vou ficar de fora torcendo’", ressaltou Tatá.

Tatá também ironizou as acusações de que estaria lucrando com o Clube Atlético Patrocinense, ressaltando que o clube não gera nenhum retorno financeiro. Ele destacou que, ao contrário do que se especula, já investiu recursos próprios no CAP e possui um documento registrado em cartório comprovando um valor emprestado ao time em um momento crítico, que ainda aguarda ser ressarcido.

Ele ainda destacou que a situação financeira do CAP é delicada, mas não impossível de ser administrada. Segundo Tatá, poucos clubes do Módulo I e II do Campeonato Mineiro estão livres de dívidas, estimando que apenas três ou quatro se encontram em situação financeira estável.

Por fim, o presidente reafirmou sua torcida para que o grupo de Maurício Cunha consiga tirar o CAP da atual crise e garantir a continuidade do time. Para ele, sem uma nova gestão, o futuro do clube está ameaçado.

A equipe de jornalismo da Módulo FM manteve contato com os citados por Roberto Avattar e mantém o espaço aberto caso queiram se pronunciar.

Confira a entrevista de Roberto Avattar (Tatá), na integra:

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