STF aprova por unanimidade reajuste de salários de ministros e juízes

STF aprova por unanimidade reajuste de salários de ministros e juízes

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Postado em: 11/08/2022

Foi votado nessa quarta-feira (10), através de uma sessão administrativa virtual entre 8h e 15h, o orçamento da Corte para o ano de 2023 e a proposta de reajuste de 18% no salário de todos os servidores e magistrados da Justiça.

Aprovado por unanimidade pelos onze ministros do Supremo Tribunal Federal, o projeto de reajuste valerá também para os próprios salários dos mesmos. Atualmente, o valor é de R$ 39.293,32, agora com a alteração poderá chegar aos R$ 46,3 mil.

Por servir como teto para os salários de todo o funcionalismo público, sempre que a remuneração dos ministros do Supremo é reajustada, tem o potencial de gerar efeito cascata, com impacto também no orçamento do Executivo e do Legislativo.

O último aumento de salário dos ministros do Supremo ocorreu em 2018, com percentual de reajuste de 16,38%. Na época, estudos da Câmara e do Senado projetaram que somente a correção automática nos vencimentos de todos os juízes teria impacto de R$ 4 bilhões. Na ocasião, o impacto foi compensado em parte com o fim do auxílio-moradia, que era pago indiscriminadamente a todos os juízes do país. Desde então, o benefício foi regulamentado e passou a ser bem mais restrito.

O aumento de 18% foi proposto por associações de magistrados e sindicatos de servidores, segundo o Supremo. Em comum, as entidades alegam que os salários se encontram há mais de três anos sem reajuste, e que a proposta atual seria apenas uma recomposição da inflação, não havendo aumento real nos vencimentos.

O texto foi enviado ao Congresso que irá decidir se o reajuste será aprovado ou não, tendo a palavra final sobre o orçamento do Judiciário. E, posteriormente, deve ser sancionada pelo presidente da República.

Também foi aprovada, pela regra do teto constitucional de gastos, o orçamento do Judiciário para 2023 de R$ 850 milhões, 10,9% maior que os R$ 767 milhões previstos no orçamento deste ano. O percentual é o mesmo da inflação oficial registrada em 2021. A previsão é que os reajustes sejam absorvidos por esse espaço maior.

 

Com informações Agência Brasil

 

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