Por Anderson Rocha | Rafael Pires | Módulo FM
Postado em: 19/11/2024
Na noite desta segunda-feira (18/11), foi realizada uma reunião na sede do Clube Atlético Patrocinense (CAP) para a escolha da nova Diretoria Executiva. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do clube, José Félix, nenhuma chapa foi inscrita. Diante disso, uma nova reunião está marcada para o dia 29 de novembro, na expectativa de que surjam interessados em assumir o clube e planejar a temporada de 2025, que já está próxima.
Como não houve chapas inscritas neste primeiro momento e considerando a renúncia de Roberto Eustáquio Avatar (Tatá) à presidência, José Félix, que era presidente do Conselho Deliberativo, assumirá o clube interinamente por 30 dias. Régis Pereira da Silva (Reginho) passa a exercer a função de presidente do Conselho Deliberativo.
Na nova reunião marcada para o dia 29 deste mês, com os novos diretores eventualmente definidos, as atenções estarão voltadas para as medidas que poderão ser tomadas para evitar a extinção do Patrocinense. Uma das possibilidades em discussão é a recuperação judicial (RJ). Um escritório de advocacia de Belo Horizonte, que cuida das causas do CAP, realizará um orçamento e levantará os valores necessários. Contudo, como o clube não possui patrimônio nem receita fixa, ainda não se sabe se a RJ será viável.
A recuperação judicial é um procedimento que permite a uma empresa (ou a um clube) evitar a falência quando enfrenta graves dificuldades financeiras. O objetivo é possibilitar a reestruturação e continuidade das operações, preservando empregos, pagando credores por meio de acordos e evitando demissões.
Esse processo legal envolve negociações entre a empresa e os credores, sob supervisão judicial. É necessário apresentar um plano de recuperação, contendo uma proposta de pagamento das dívidas e uma avaliação dos ativos. O plano é analisado pelo juiz e pelos credores, que decidem se ele é viável. Caso aprovado, a empresa entra em regime de recuperação judicial.
Ano para se esquecer:
O CAP viveu um 2024 para ser esquecido. No ano em que o clube comemorou seus 70 anos, enfrentou apenas promessas e problemas. No Campeonato Mineiro, após disputar a elite estadual por sete anos consecutivos, o time foi eliminado da competição e rebaixado ao Módulo II de forma vexatória, por não pagar um borderô à Federação Mineira de Futebol para a realização da partida contra o Ipatinga, válida pela segunda rodada da repescagem, além disso durante a competição jogadores chegaram a fazer greve por conta de salários atrasados. Na Série D do Campeonato Brasileiro, o clube firmou uma parceria com a empresa AIR Golden, teve um desempenho muito ruim na competição e ainda foi investigado pela CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. Atualmente, o CAP acumula mais de R$ 4 milhões em dívidas.
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