Por Juliano Resende
Postado em: 26/05/2023
A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta quinta-feira (25/5) o Diagnóstico de Pessoas Desaparecidas e Localizadas no estado, abrangendo o período de 2020 a 2022. O objetivo do estudo é analisar e descrever em detalhes o perfil das pessoas desaparecidas, visando desenvolver estratégias futuras para combater esse problema por meio de políticas públicas voltadas para a prevenção.
O relatório aponta uma maior incidência de desaparecimentos de pessoas com o seguinte perfil: sexo masculino (64,43%), adultos (64,70%), pardos (46,71%) e aqueles que não concluíram o ensino superior. Dentre as principais motivações para os desaparecimentos estão dívidas financeiras, interdição judicial, histórico de depressão, conflitos família.
O relatório é resultado de um trabalho conjunto da Diretoria de Estatística e Análise Criminal da Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP) e do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária (DHPP/DRPD).
De acordo com o Diretor de Estatística e Análise Criminal, Diego Fabiano Alves, os dados quantitativos e o perfil das pessoas desaparecidas e localizadas foram obtidos a partir da Base Integrada de Segurança Pública (Bisp), que utiliza o banco de dados do Registro de Evento de Defesa Social (Reds).
Alves ressaltou a importância do preenchimento correto do Reds para garantir a confiabilidade do diagnóstico apresentado no relatório. Por ser um sistema integrado, os dados analisados abrangem registros feitos pela Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem, Polícia Rodoviária Federal, Sistema Prisional e Sistema Socioeducativo.
Algumas informações relevantes foram destacadas no diagnóstico. No ano de 2020, foram registrados 6.857 desaparecimentos em Minas Gerais; em 2021, foram 6.846; e em 2022, foram 6.758. Quanto às localizações de pessoas no estado, foram registradas 4.432 em 2020, 4.455 em 2021 e 4.356 em 2022.
A chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, Bianca Landau, chamou a atenção para o fato de que existe uma tendência de os cidadãos não registrarem a localização dos familiares, o que afeta as estatísticas quando comparadas ao número de pessoas desaparecidas e localizadas. Landau ressaltou que, em Belo Horizonte, por exemplo, a maioria dos desaparecidos é encontrada, mas esses números não são refletidos no relatório devido à falta de registro da localização. Por isso, é fundamental que os familiares, ao encontrarem seus entes queridos, registrem a localização, contribuindo para que a polícia tenha uma imagem mais precisa da realidade.
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