Policiais Civis do CORE e Ministério Público Eleitoral deflagra Operação “Voto de Cabresto” em Perdizes

Policiais Civis do CORE e Ministério Público Eleitoral deflagra Operação “Voto de Cabresto” em Perdizes

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Postado em: 16/10/2020

Veja o vídeo:

Foi deflagrada, pela 7ª Delegacia de Polícia Civil de Perdizes e o Ministério Público Eleitoral do Estado de Minas Gerais na manhã desta sexta-feira (16/10), a Operação “Voto de Cabresto”,  com o objetivo de desarticular uma organização responsável pela prática de inúmeros ilícitos eleitorais.

Durante as investigações foi possível apurar que o grupo usava a máquina pública municipal para deturpar o processo eleitoral ao coagir e induzir outros servidores,  em especial funcionários comissionados, a votarem na candidatura do atual vice-prefeito de Perdizes ao cargo de prefeito.

Durante as diligências investigativas foi também revelado que o vice-prefeito de Perdizes e seus apoiadores forneciam materiais de construção -como tijolos, cimento, areia, telhas e portas- para eleitores em troca de voto.

a operação foram cumpridos 03 (três) mandados de prisão temporária, expedidos em face do vice-prefeito e de dois funcionários da prefeitura, por utilizarem de poder econômico e de influência política para ocultar provas e dificultar as investigações.

Também foram cumpridos 15 (quinze) mandados de busca e apreensão, incluindo buscas na casa de dois vereadores de Perdizes, sendo recolhidos documentos, dinheiro, aparelhos celulares e computadores utilizados no desenvolvimento das atividades ilícitas, as quais comprovadamente deturpavam o sistema eleitoral e o livre exercício do voto.

Buscas também foram feitas na Prefeitura Municipal e na Câmara Municipal de Perdizes, e ainda em dois estabelecimentos comerciais. Participaram da operação “Voto de Cabresto” mais de 20 (vinte) policiais civis pertencentes ao Departamento de Polícia Civil de Uberaba e 18 (dezoito) policiais civis da CORE/PCMG (Coordenadoria de Recursos Especiais). O nome da operação faz referência ao mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de voto com a utilização da máquina pública e ainda ao uso de coação e ameaças para que eleitores apoiem determinado candidato.

Por Juliano Resende - Jornalista - MTB: 0020718/MG

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