Por Juliano Resende
Postado em: 04/07/2024
A Polícia Militar, como instituição promotora da segurança pública e da proteção do cidadão, realiza a operação "Diga Não ao Cerol" em todo o estado, com medidas educativas para reduzir acidentes e preservar a integridade e a vida das pessoas.
O uso indiscriminado do cerol é uma atividade criminosa que coloca em risco a vida dos motociclistas e demais usuários das vias públicas. Para enfrentar esse problema e orientar a atuação Policial Militar, foi estabelecido um rol de medidas a serem adotadas em ocorrências que constatem o uso do cerol, como a lavratura de TCO e/ou prisão e condução até a autoridade de polícia militar judiciária.
As principais vítimas em terra são os motociclistas e ciclistas, já que as linhas com cerol ou chilenas podem ser fatais para eles. Para se prevenir do perigo, os motociclistas podem adaptar antenas corta-linha em suas motocicletas. As pessoas que utilizam cerol para soltar pipas e acabam lesionando transeuntes e motociclistas podem responder por delito de lesão corporal ou até mesmo homicídio. Inicialmente, são considerados crimes culposos, mas, dependendo das circunstâncias, ao se comprovar que a pessoa que soltava pipas usando cerol assumiu o risco de lesionar ou ceifar a vida de alguém, ela pode responder por lesão dolosa. A pena pode chegar a até oito anos de reclusão, dependendo da gravidade da lesão, e até 20 anos no caso de homicídio.
Com os ventos mais fortes desta época do ano, é comum a brincadeira de empinar pipas. Mas para que a diversão não termine em tragédia, a população precisa respeitar alguns cuidados. Mesmo sem linhas cortantes, a pipa pode apresentar perigos para quem está brincando sem atenção ao seu entorno.
O Corpo de Bombeiros alerta que um segundo de distração pode ser suficiente para gerar um acidente. "Algumas pessoas se distraem envolvidas na brincadeira e podem ser atropeladas, cair de lajes e pontes ou sofrer choques ao tentar resgatar a pipa na rede elétrica. É preciso muito cuidado e atenção mesmo sem o uso de cerol", explica um representante.
Além dos riscos em terra, soltar pipas com linhas cortantes pode representar um perigo também no ar. A capitã Thaise reforça que uma brincadeira aparentemente inofensiva pode comprometer a segurança de aeronaves e gerar reflexos nos atendimentos de urgência e emergência realizados pelos helicópteros das forças de segurança, além de colocar a vida da tripulação em risco. Em 2015, por exemplo, uma linha com cerol provocou estragos no helicóptero Pégasus, do Comando de Radiopatrulhamento Aéreo da Polícia Militar, e, em 2018, uma linha se enroscou na aeronave Arcanjo 4, do Corpo de Bombeiros, causando um prejuízo de mais de R$ 135 mil para o Governo e vários dias sem a aeronave em atividade, prejudicando o atendimento da corporação para salvar vidas.
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