Polícia Civil investe em tecnologias para acelerar a identificação de vítimas e desvendar crimes em Minas Gerais

Polícia Civil investe em tecnologias para acelerar a identificação de vítimas e desvendar crimes em Minas Gerais

Por Juliano Resende

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Postado em: 01/04/2023

O trabalho de obtenção de perfis genéticos do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) vai ser ampliado e otimizado por um equipamento capaz de processar 84 amostras de DNA de uma única vez.

A perita criminal Aline Torres de Azevedo Chagas explica que o equipamento AutoLys foi adquirido pela PCMG por meio do projeto Pró Mulher, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). “O equipamento realiza de forma automatizada várias etapas do processamento dessas amostras, aumentando a capacidade de análise e obtenção de perfis”, esclarece a perita.

O benefício desse processo é tornar mais robusto o banco de dados da PCMG com potencial incremento da taxa de elucidação de crimes sexuais. Com a eficiência do equipamento, a expectativa é de que sejam processadas três mil amostras de crimes sexuais por ano.

As amostras são coletadas em hospitais credenciados para atender e acolher vítimas de violência sexual. Essa ação em conjunto é fruto da assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. 

Atendimento 

A coordenadora do Serviço de Sexologia do Instituto Médico Legal Dr. André Roquette (IMLAR), médica-legista Elisa da Cunha Teixeira, esclarece que o atendimento é único, emergencial, multidisciplinar e que tem como porta de entrada hospitais credenciados e capacitados para esse tipo de atendimento. “Nesse mesmo acolhimento é realizada a coleta precoce de evidências para subsidiar a investigação criminal”, informa.

Ao todo, são 42 unidades de saúde credenciados para realizar esse atendimento humanizado, cinco deles em Belo Horizonte: Hospital Risoleta Neves, Hospital das Clínicas, Hospital Júlia Kubitschek, Maternidade Odete Valadares e Hospital Odilon Behrens, que realiza 70% dos procedimentos. “É um número que dobrou de 2019 até hoje com o esforço de expansão do protocolo de atendimento para o interior do estado, o que é muito importante, considerando que assim conseguimos encurtar caminhos, minimizar os danos que esse tipo de violência causa, diminuindo o sofrimento da vítima”, finaliza.

 

 
 

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