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Postado em: 18/11/2022
Apesar de acontecerem ao longo de todo o ano, os acidentes causados por animais peçonhentos são mais frequentes durante o período chuvoso e quente. Eles ocorrem mais frequentemente com cobras, escorpiões, aranhas, lagartas, lacraias, abelhas e vespas, que se abrigam tanto em áreas urbanas quanto rurais, podendo ser encontrados nas proximidades das casas, jardins e parques. Dependendo do tipo do animal e do tempo para atendimento médico adequado, alguns casos podem levar à morte.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Patrocínio, Tenente Fábio Soares, isso se deve de o período chuvoso ser mais quente e propenso para esses animais.
“O período chuvoso coincide com o período mais quente do ano e os répteis e outros animais peçonhentos eles mantem uma maior atividade nesse período chuvoso. No período frio é o contrário, o réptil normalmente fica mais quieto e mais alocado em tocas e quando vem o período chuvoso eles tendem a sair desses locais, aumentando aí o número de atendimentos do Corpo de Bombeiros de Patrocínio com relação a capturas desses animais”, disse.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) registram, desde 2018, o número total de acidentes por animais peçonhentos ultrapassa 243 mil casos, com média de 48.750 notificações por ano. Em 2022, até o momento, já foram registrados 37.998 acidentes. Os casos envolvendo escorpiões representam mais de 70% do total das 243.716 ocorrências registradas entre 2018 e outubro de 2022.
Também entre 2018 e 2022, foram registrados 336 óbitos no estado, envolvendo os diversos tipos animais peçonhentos da fauna local, dos quais 66 ocorreram em 2022. Os principais animais relacionados aos óbitos ocorridos nesse período são escorpiões (177 casos); serpentes, como jararaca, urutu-cruzeiro, cascavel, coral verdadeira, responsáveis por 71 óbitos, e abelhas (56 casos).
Diferentemente dos animais venenosos, os peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes, ferrões, ou aguilhões – que são as estruturas por onde o veneno pode ser introduzido no corpo dos indivíduos. O veneno de animais peçonhentos pode causar, por exemplo, reações como vermelhidão, irritação local, bolhas e coceira.
Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário, use um pedaço de madeira, enxada ou foice;
Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estes estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para a remoção, no caso de Patrocínio o Corpo de Bombeiros através do telefone 193;
Inspecionar roupas, calçados, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, pano de chão e tapetes, antes de usá-los;
Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto, e procure a autoridade de saúde local para orientações;
Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) em locais ou situações de risco;
Olhar com atenção o local de trabalho e caminhos a percorrer.
Procure atendimento médico imediatamente na unidade de saúde mais próxima;
Mantenha o acidentado em repouso, deitado e com o membro acometido elevado em relação ao resto do corpo, enquanto aguarda por socorro. A vítima deve evitar correr ou se locomover por meios próprios;
Caso seja possível, e não atrase a ida do acidentado à Unidade de Saúde, lave o local do acidente com água e sabão, apenas;
Não tente sugar o local com a boca para extrair o veneno ou amarrar o membro acidentado. Não aplique algum tipo de substância (como álcool, pó de café, ervas, terra, querosene ou urina) no local da ferida. Tais procedimentos não têm efeito sobre o veneno e só aumentam o risco de infecções;
Procure atentar para a cor e o tamanho do animal causador, pois suas características podem auxiliar no diagnóstico e no tratamento do agravo.
Agência Minas
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