Mãe denuncia professora por perseguição, constrangimento e violência física contra menina de 8 anos em Guimarânia

Postado em: 30/03/2024

Uma ação judicial foi iniciada por uma mulher de 43 anos, mãe de uma criança de 8 anos, contra uma professora de 42 anos da escola municipal de Guimarânia, alegando perseguição e constrangimento à sua filha. A criança, estudante na instituição, teria sofrido diferenciação e preconceito pela professora desde 2023, com atos de perseguição que persistiram mesmo após a troca de professores.

A mãe relata que a situação já foi comunicada à diretoria da escola, à Secretaria Municipal de Educação e até ao prefeito, mas sem solução até o momento. Ela expressa preocupação com a segurança e bem-estar de sua filha, alegando que a perseguição continuou com provocações físicas e psicológicas.

A mãe procurou a polícia militar e registrou um boletim de ocorrência, relatando que sua filha estuda na escola e que há mais de um ano vem sofrendo perseguições por parte da professora. Ainda segundo a mãe, a professora já teria praticado, em datas anteriores, violência física, psicológica, moral e material contra sua filha. Segundo a mãe da vítima, sua filha estuda na mesma sala do filho da professora, e em determinada data, ao buscar sua filha no educandário, foi chamada pela diretora para conversar.

Nesta conversa, a diretora teria informado que a professora levaria um bolo para comemorar o aniversário de seu filho na escola, mas solicitou que sua filha não fosse à aula naquele dia. Após refletir sobre o ocorrido, a mãe percebeu que sua filha estava sendo discriminada e que a situação não era correta. Posteriormente, procurou um advogado e relatou a situação, que a orientou a não concordar com o pedido e a enviar sua filha à aula.

A mãe, em conversa com os policiais, apresentou gravações de áudios da conversa com a diretora, que orientou a mãe a não levar sua filha à aula em razão do aniversário do filho da professora.

Após o registro policial, uma guarnição da polícia militar procurou a diretora da escola, que relatou que o problema existia, sendo um desentendimento entre as mães que acabou afetando os filhos. A diretora ainda relatou que tentou lidar da melhor forma possível para preservar as crianças, e diante da discordância da mãe, optou por não autorizar a comemoração do aniversário na escola, visando evitar constrangimento para a menina. Durante a conversa com a professora, o prefeito da cidade, que também estava presente, relatou ter conhecimento da situação e afirmou que tomaria as providências cabíveis, visando, em primeiro lugar, resguardar a segurança e a integridade da menina.

Em conversa com a professora, ela relatou aos policiais que existe uma animosidade entre ela e a mãe da criança, e que procuraria a direção da escola para encontrar a melhor forma de resolver a situação, de modo a preservar as crianças desses desentendimentos.

Investigações adicionais revelaram um histórico de comportamento problemático por parte da professora, incluindo informações de que a professora já havia praticado ações de perseguição em ambiente escolar. Em pesquisas, os policiais encontraram um registro policial de injúria, no qual a professora foi acusada de ter xingado uma mãe na frente de seus dois filhos ao chegar na escola, por motivações envolvendo relacionamentos amorosos anteriores.

Nota do município
 
"Considerando as notícias que vêm sendo veiculadas nos últimos dias, envolvendo a Escola Municipal Monsenhor Sebastião Fernandes, vem a Secretaria Municipal de Educação a público esclarecer que todas as providências cabíveis, neste momento, visando o esclarecimento dos fatos, estão sendo envidadas.
Assim sendo, por cautela, já houve a remoção da servidora para outro educandário, bem como solicitação de abertura de Processo Administrativo Disciplinar uma vez que o bem estar de todas as crianças é, como sempre foi e continuará sendo, nossa única prioridade.
Nesta oportunidade, lamentamos profundamente que a Escola Municipal Monsenhor Sebastião Fernandes, a qual sempre inspirou respeito e admiração de toda a sociedade guimaranense, esteja sendo exposta de forma desnecessária, notadamente pelo fato de que tal exposição é extremamente prejudicial aos alunos e ao bom andamento das atividades escolares."