Líder de seita e funcionário de cemitério envolvidos em profanação de sepulturas são presos durante operação em Patos de Minas e Vazante

Líder de seita e funcionário de cemitério envolvidos em profanação de sepulturas são presos durante operação em Patos de Minas e Vazante

Por Juliano Resende

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Postado em: 27/10/2023

Na manhã desta quinta-feira (26/10), a Polícia Civil, com o apoio do Ministério Público (MPMG), deflagrou a operação Finados, que resultou na prisão preventiva de uma liderança de seita religiosa, de 53 anos, e de um funcionário de cemitério, de 66, nas cidades de Patos de Minas e Vazante, respectivamente. Ambos são suspeitos de envolvimento em um esquema de subtração de ossadas e objetos de sepulturas. 

As investigações, iniciadas em setembro deste ano pela Polícia Civil em Vazante, foram desencadeadas a partir de uma denúncia feita ao MPMG, que encaminhou o caso à PCMG para apuração. Segundo relatos, em dezembro de 2022, membros de uma seita religiosa liderada por um indivíduo de Patos de Minas teriam violado e profanado sepulturas no cemitério municipal de Vazante. O grupo também teria zombado e subtraído cadáveres, ocultando-os na residência do líder da seita. 

O delegado André Luiz Ferreira dos Santos revelou que, durante as investigações, descobriu-se que um funcionário do cemitério de Vazante não apenas praticava atos contra o respeito aos mortos, como também recebia vantagem indevida para auxiliar os demais suspeitos. "O funcionário do cemitério de Vazante seria o responsável por escolher qual túmulo seria violado, desenterrar os corpos, subtrair objetos e garantir que a prática delituosa não fosse descoberta", informou o delegado.

Em decorrência do trabalho investigativo, a PCMG representou à Justiça pela prisão preventiva dos dois investigados e por três mandados de busca e apreensão domiciliar, todos cumpridos nas duas cidades. Na operação, foram recuperados objetos e ossos supostamente subtraídos do cemitério de Vazante.

A operação Finados também incluiu procedimentos de exumação realizados por médicos-legistas e peritos da PCMG no cemitério de Vazante, que constataram a falta de diversos ossos de um cadáver.

Os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional, e as investigações continuam em andamento, contando com a participação de equipes das delegacias em Vazante e Patos de Minas.

 

 

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