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Postado em: 14/01/2023
Um homem que não teve maiores dados divulgados e que já está preso na Penitenciaria de Patrocínio, foi apontado como um dos chefes do tribunal do crime no Aglomerado da Serra em Belo Horizonte.
A informação foi confirmada pela Polícia Civil da capital.
Na operação, quatro homens foram presos, nesta sexta-feira (13), suspeitas de participação em casos de torturas a moradores do Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Duas vítimas já identificadas passaram pelo "tribunal do crime", onde foram acusadas, julgadas e condenadas.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, 12 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão são cumpridos na capital mineira e na cidade de Patrocínio, no Triângulo Mineiro, onde foi localizado, segundo a instituição, um dos chefes do grupo.
Conforme informações do delegado Emílio de Oliveira e Silva, as investigações começaram em 2019, quando a polícia recebeu a informação que uma mulher foi torturada após recusar ter um relacionamento com um dos integrantes da quadrilha.
Em abril do ano passado, um homem também foi espancado após, supostamente, furtar garrafas de vinho em um comércio da região.
"Os integrantes dessa organização criminosa fizeram uma avaliação de que aquela conduta ofendia, contrariava os interesses do grupo, dos seus integrantes e submeteram essas vítimas a longas horas de tortura. Cerca de sete, oito horas de tortura com cabelos queimados, golpes de facão, coronhada, golpes de enxada, cassetetes. Além disso, depois obrigavam essas vítimas a se mudarem do local", explicou o delegado.
A polícia não descarta que outras pessoas tenham sido vítimas do grupo, mas não denunciaram por medo já que os familiares ainda permanecem no aglomerado.
"Esse grupo acusava, julgava, condenava e executava suas próprias decisões. Em razão disso imprimia torturas, lesões corporais gravíssimas nas suas vítimas, sem nenhum tipo de limite e restrição", afirmou o policial.
Veja o que foi apreendido nesta manhã durante a operação:
Aproximadamente R$ 15 mil em dinheiro
Radiocomunicadores
Três cadernos com anotações do tráfico
Uma arma ponto 40 e munição (a arma foi furtada de um PM e teve a numeração raspada)
Três facas
Um cassetete
Três celulares
Uma gandola (farda) do Exército
Dois relógios
Um tablete e duas buchas de maconha
Um cofre que ainda está lacrado
Fonte: Globo.com
Por Carolina Caetano e Lucas Franco, g1 Minas e TV Globo — Belo Horizonte
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