Docentes e técnicos reivindicam reajuste salarial e maiores investimentos para uma educação de melhor qualidade
Postado em: 16/05/2024
A greve dos servidores do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) continua. O professor Neilon Oliveira, membro do comitê de greve do campi de Patrocínio, detalhou a situação atual em entrevista à rádio Módulo FM.
Desde o dia 8 de abril, os docentes e técnico-administrativos dos Institutos Federais e Universidades Federais de todo o país estão em greve. Segundo ele, a decisão veio após várias tentativas frustradas de negociação com o Governo Federal para atender às reivindicações da categoria. Como resultado, mais de 500 campi de instituições federais estão parcial ou totalmente paralisados.
O sindicato dos servidores participou nesta quarta (15), da quinta rodada de negociações na mesa de debates sobre a carreira dos docentes. Na próxima terça-feira, 21 de maio, será a vez do Sinasefe Nacional (Sindicato Nacional dos Servidores Federais) discutir a carreira dos técnicos administrativos.
Segundo o professor Neilon, após essas reuniões, nos dias 23 e 24 de maio, haverá assembleias locais entre os servidores para decidir sobre a continuidade ou fim do movimento grevista, dependendo das propostas apresentadas pelo governo.
Neilon destacou que a greve não é exclusivamente por reajustes salariais, apesar de haver uma defasagem salarial de mais de seis anos, acumulada nos últimos dois governos. Os grevistas também reivindicam maiores investimentos na educação, melhoria da infraestrutura escolar, criação de novos laboratórios, investimento tecnológico nos campi e a implementação de novos cursos.
Um exemplo citado foi o próprio Campi de Patrocínio, que tem documentação pronta para iniciar cinco novos cursos em 2025, mas a criação depende de investimentos estruturais.
⌨️ Por André Luiz Costa e Jânio Luiz | Módulo FM
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