Por André Luiz Costa | Módulo FM - Foto: Agência Minas
Postado em: 14/07/2025
O Governo de Minas Gerais suspendeu temporariamente, nesta segunda-feira (14), as assembleias escolares que avaliam a adesão de unidades estaduais ao modelo cívico-militar. A decisão ocorre após acirramento nas discussões entre o Sind-UTE e o governo sobre a implantação do modelo. O governo alega que vai esperar o fim do período de férias para retomar as assembleias.
As escolas tinham até o dia 18 de julho para enviar à Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) os resultados das consultas internas. A nova data ainda não foi definida, mas a expectativa é que o processo seja retomado após o recesso, a partir de 1º de agosto. As escolas que já realizaram assembleias não terão os resultados anulados.
Em Patrocínio, três escolas já tiveram suas assembleias com aprovação das comunidades escolares pela adesão ao programa, sendo: Dom Lustosa, Irmã Gislene e José Eduardo Aquino. Na próxima quarta-feira (16) aconteceria a assembleia na E.E. Professora Ormy Araújo Amaral.
Segundo o governador Romeu Zema, a suspensão visa garantir a “ampla escuta da comunidade escolar” e reforçou que o projeto será debatido com pais, estudantes e professores. Ao todo, mais de 700 instituições estão participando do processo de consulta.
Apesar da consulta, o governo ressalta que a adesão não será automática. Após o levantamento do interesse, será feita uma análise da disponibilidade de militares da reserva e das condições orçamentárias para a implantação.
O modelo cívico-militar foi criado no governo Bolsonaro e extinto nacionalmente em 2023. Minas Gerais decidiu retomar a proposta de forma estadual, prevendo gestão compartilhada entre a SEE-MG, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. A iniciativa tem sido alvo de críticas da oposição, que aponta possível inconstitucionalidade do projeto.
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Nos últimos dias, a reportagem da Módulo FM tentou ouvir a responsável pela Superintendência Regional de Ensino e os diretores das escolas que podem aderir ao modelo cívic-militar, mas eles não possuem autorização do Governo de Minas para falar sobre o assunto.
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