Por Juliano Resende - Jornalista - MTB: 0020718/MG
Postado em: 29/03/2022
A Polícia Militar foi acionada na manhã dessa segunda-feira (29/03), para registrar um boletim de ocorrência de um suposto assédio sexual cometido por dois adolescentes contra uma aluna de 12 anos, no distrito de Silvano, município de Patrocínio.
Segundo o registro policial, os pais da vítima compareceram à sede do 46º BPM, e relataram que a filha, há cerca de 20 dias mudou de comportamento, ficando triste, chorando e não querendo ir mais para a escola.
Segundo a criança, o motivo dela estar desse jeito seria devido a dois adolescentes, de 15 anos, que estudam na mesma escola e vêm a perturbando e a coagindo. Ela informou também que os menores infratores aproveitavam o horário do recreio para se deslocarem até a sala dela, fechavam a porta e acuavam a vítima no canto, segurando sua nuca e pescoço. Ainda contou que os adolescentes tapavam sua boca e passam as mãos em suas nádegas, chegando ainda a tentar tocar em seus seios.
Conforme a vítima, os adolescentes começaram a repetir essas situações também fora da escola. Quando ela passava próximo aos menores, eles a chamavam de gostosa e davam tapas em suas nádegas. Há cerca de 12 dias, os autores a seguiram quando ela retornava para sua casa e falaram para ela: “é hoje que a gente te pega, mas tem que ser um de cada vez porque os dois de uma vez ela não aguenta”.
Nesse dia, a criança abriu o portão para entrar em sua casa, no entanto, um dos menores a empurrou e entrou com ela, vindo o outro adolescente a segurar o portão para que a vítima não conseguisse sair. Os adolescentes somente foram embora quando passou um veículo na porta e a criança disse ser seu pai, vindo os autores a pularem o muro e fugirem.
Nesta ocasião, a vítima finalmente conseguiu contar aos seus pais o que havia ocorrido, tendo uma crise de ansiedade, sendo necessário ser conduzida ao Pronto Socorro de Patrocínio, onde foi medicada e encaminhada para tratamento psicológico.
A criança também relatou que os autores a ameaçava enviando mensagens e fotos de pessoas portando armas de fogo, além de vídeos de pessoas sendo espancadas e assassinadas, e dizendo que caso ela contasse o que estava acontecendo, matariam seus pais.
Diante dos fatos, a Polícia Militar ouviu os suspeitos, tendo um confirmado que chegou a dar um tapa nas nádegas da criança uma vez apenas, no entanto, as demais acusações foram negadas pelo suspeito. Já o outro suspeito negou as acusações alegando que poderia ser outro adolescente, porém quando foi mostrado a foto dele para a vítima, ela o reconheceu.
O Conselho Tutelar foi notificado do fato e acompanhará o caso tomando as medidas cabíveis. Segundo a PM, não houve condução dos suspeitos dado o tempo já transcorrido.
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Com informações da Polícia Militar.
Foto: Tinnakorn Jorruang/EyeEm/Getty Images
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